O mar é delas: mulheres ganham espaço na náutica de luxo

A participação feminina no setor náutico brasileiro ganha espaço nos diversos setores, desde a tomada de decisões até os cargos administrativos.

Se o lugar das mulheres é onde elas quiserem, nada impede de ser a bordo. A presença feminina tem conquistado cada vez mais espaço no setor náutico de luxo, desde a venda de embarcações até cargos de liderança. Essa representatividade é importante para fortalecer e inspirar outras mulheres a seguirem carreiras diversas e a alcançarem espaços promissores. Considerado um ambiente majoritariamente masculino, a participação e o olhar feminino nas decisões da indústria náutica brasileira e na aquisição de embarcações podem contribuir com o aumento de negócios no país, desenvolvimento e com a geração de empregos diretos e indiretos.

Inserida há quase 2 décadas no mercado náutico, Bárbara Martendal começou como recepcionista no estaleiro Fibrafort, e hoje ocupa a gerência comercial e de marketing. A empresa com sede no litoral catarinense, em Itajaí, é considerada a maior fabricante de lanchas da América do Sul com mais de 18 mil embarcações produzidas.

“Estar à frente dessas áreas tão importantes e dentro de uma empresa tão reconhecida no mercado como a Fibrafort é uma grande responsabilidade. Ser mulher em um setor predominante masculino é ainda mais desafiador. Inclusive, notamos um crescimento de mulheres que pilotam barcos e que contribuem significativamente na hora da compra”, comenta.

Glaucia Souza, é gerente administrativa e financeiro da Fibrafort há 8 anos e também notou um aumento de mulheres que atuam no setor náutico. “É incrível e inspirador observar o aumento do número de mulheres atuando na área náutica, seja como profissionais na indústria ou como consumidoras de embarcações. A presença feminina está enriquecendo muito esse setor, trazendo novas perspectivas e contribuições valiosas. É uma evolução que merece ser celebrada”, informa.

Conduzir, dirigir e pilotar, além de garantir a segurança de todos a bordo. Essa é a realidade da comerciante Angela Maria Fontes, 49 anos, que adquiriu a Focker 330 Black Edition, um dos modelos de sucesso do estaleiro Fibrafort. Amante da náutica e de momentos de lazer e experiências sobre as águas, Ângela é habilitada como Mestre Amadora, com a permissão de navegar até  20 mil milhas da Costa. Para Angela, estar atrás do volante de uma embarcação em um espaço predominantemente masculino requer coragem. “O perfil exige coragem e isso não falta nas mulheres de atitude, navegar requer muita responsabilidade e o mar exige respeito” , comenta.

Cliente da Fibrafort há 5 anos, Angela afirma que comprar a embarcação foi um dos melhores investimentos de lazer já feitos, o que torna essa experiência única: “Penso que não justifica morar no litoral e não ter um veículo náutico, navegar num mar azul em dia de sol, dormir a bordo e beber um vinho em noite de lua cheia com céu estrelado.É uma das melhores sensações na vida”, explica. 

Rafael Weiss

Jornalista, sócio do Viva Balneário, pós graduado em Jornalismo Empreendedor, músico ocasional, trabalha com assessoria de imprensa e marketing político desde 2000.